Não é a primeira vez que me contam uma história onde a pessoa que a está a contar sai sempre por cima e faz questão que seja de uma maneira gloriosa. Seja com um Chefe, com uma Senhora da Função Pública ou com a própria mulher. «Nunca ninguém lhe tinha dito, porque tinham medo, mas eu disse na cara do meu Chefe que não aceitava que falasse assim comigo» Já não me lembro é se quando saiu da sala do Chefe bateu a porta com estrondo. Normalmente fica sempre bem um final épico onde fechamos “a cortina” em beleza. Percebo a necessidade de contarmos as nossas próprias histórias mas eu prefiro sempre aquelas onde as coisas correm mal para o nosso lado. Mesmo há pouco tempo, e isto é uma história verídica, mandei um email ao meu Chefe a queixar-me da forma com que ele falou de mim a terceiros. Ele imediatamente me ligou e marcou uma reunião para a primeira hora no dia seguinte. A reunião durou 1 minuto onde ele me apontou o dedo e disse «Tu nunca mais me mandas nenhum email daquele género.» Eu, com o rabo entre as pernas, disse que nunca mais se voltaria a repetir e ele levantou-se e foi-se embora. Percebam que a intenção do meu email não foi mais do que me mostrar ofendido com o que ele tinha dito, e a resposta dele, também ela não foi mais, do que dizer que tinha bastantes coisas em que pensar do que propriamente aquilo que eu sinto em relação ao que ele diz.
O que acalmou o meu coração, e o que normalmente acalma em situações destas, é que mais ano, menos ano, vamos ambos falecer. Parece que não mas submete bem lá para o fundo toda a importância que queiramos dar a qualquer problema que nos surja.
Todos sabemos que temos que andar com as calças folgadinhas caso seja preciso arregaçar à pressa. Ninguém tem dúvidas disso. O último programa “Prós e Contras” gravado em Angola foi um exemplo, diria escandaloso, disso mesmo. Foi degradante para a história da nossa nação as figuras que tivemos que fazer. Pelo menos eu, ainda tenho orgulho de dizer que sou Português e não queria de maneira nenhuma deixar de o ter. O jornalista Rosa Mendes que tentou mostrar a vergonha de uma nação, tornou o caso mais vergonhoso ainda por ESTE motivo! Mas nada como histórias pessoais, também elas vergonhosas, para apaziguar a alma dos inconformados - Já me tinha acontecido, tentar salvar alguém de morrer afogado. A primeira vez e única, até este fim-de-semana que passou, foi no Gerês quando a dois metros da margem do rio o meu amigo de alcunha “Salmão”(de certeza que não foi pelos dotes de nadador que lhe puseram a alcunha, porque estes meninos nadam contra a corrente como ninguém) começa a esbracejar ...
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