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PEQUENAS COISAS



Quando alguém me diz que a partir daquele momento começou a dar importância às pequenas coisas da vida, facilmente percebemos que alguma coisa – e aqui podemos imaginar que foi alguma coisa grande – não correu bem. Dar importância a pequenas coisas não revela um despertar para o mundo, uma nova consciência, uma maneira nova de viver, mas sim uma obrigação de dizermos que nem tudo foi mau. As pequenas coisas, serão sempre pequenas e nós colocamos uma lupa gigantesca para mostrar ao próximo «Vês, olha que bonito!»
Quem não sabe que um caracol em cima de uma folha pode ter o seu encanto? Depende da perspectiva e da disponibilidade que cada um tem para conseguir ver o que nos rodeia, poderão pensar os leitores. Não passa de um caracol em cima de uma folha, mas se nesse momento o sol sair por detrás de uma nuvem e iluminar aquele pequeno cenário, tendemos a reforçar que estamos perante uma pequena coisa grandiosa. Eu reconheço a importância do Sol como poucos: Africa mostrou-me isso durante 7 anos e o sol iluminava, para além de caracóis, tudo o que não estava à sombra. Se fossemos realmente seres vocacionados para contemplar todas as pequenas coisas sobre o escrutínio do Sol, tornar-se-ia fastidioso ao ponto de rezarmos para que a noite chegasse.
No outro dia a Porteira do meu prédio, entre um sorriso amargo, também afirmava com todas as suas forças «(…) ao menos sei com quem posso contar!» Parece-me obvio que alguém ali, segundo a senhora Cremilde, não se deixava iluminar pelo sol. Mas suspeitamos que a senhora tinha, pelo menos, uma pessoa que poderia contar. E se assim for, ter apenas e só uma pessoa que podemos contar, efectivamente é mau. E não me venham com a lição que «é melhor um pássaro na mão, do que dois a voar» Eu também gosto de pequenas coisas. Mas só ter uma? Também não me parece justo.

TEXTOS QUE ME ENTRISTECEM

CURTA METRAGEM - TRAILER

Aqui fica o Trailer da próxima Curta-metragem. A estreia está para breve e somente condicionada por verbas em falta de patrocinadores. Esperemos que honrem os seus compromissos e que possamos finalizar esta Curta Metragem. Espero que gostem. http://seguesoma.blogspot.com/

Não tem outro nome, é: FUTEBOL!

Sei que é um tema que não interessa a muita gente, mas tenho que confessar: Sou um amante do futebol. E ser um amante do futebol não é só ver 22 malucos atrás de uma bola. Há muitas coisas, para além desta adjectivação, que me fascinam neste grande modalidade. Como por exemplo: - As altas pressões que aqueles atletas, com pouca experiência de vida, são sujeitos. Com estádios cheios e almas carentes de descarregar as suas energias negativas; - O estudo exaustivo e obrigatório da equipa adversária e a consequente estratégia de “batalha” que implementam para ganhar a “guerra”; - A capacidade de liderança dos treinadores que são obrigados a se desmultiplicarem, cada vez mais, para serem competentes: Líderes, amigos, conselheiros, gestores de uma imensidão de recursos humanos, estrategas, comunicadores, etc etc - A dança maravilhosa e hipnotizadora de cada equipa, para quem tem o privilégio de ver um jogo no estádio; - A euforia do golo; - A paixão, inquestionável, de um adepto; - As confer

VAMOS ABATER PESSOAS?

Q uase 12 mil cães e gatos foram abatidos durante o ano de 2017. Acho interessante esta medida de forma a controlar estes animais vadios ou, e sendo mais justo para com eles, que foram abandonados. Tenho pena que esta medida não possa transitar para outros patamares. Todos sabemos que existem umas quantas pessoas que mereciam falecer, e esperar que lhes aconteça algum acidente ou que apanhem uma doença fulminante não é de todo motivador para todos nós. Por isso termos a hipótese de por fim à vida a quem nos incomoda parece-me genial. Poderíamos começar pelas, e dando a primazia a quem foi o rastilho e principiou este projecto, criaturas que se fartaram de ter os seus animais de estimação e resolveram esta equação de uma forma muito simples: pô-los fora de casa para que aprendessem como a vida é complicada quando temos alguém com consciência e que tem a bondade de nos ensinar que afinal a vida não é só comer, dormir e passear. Estes seriam, e com todo o mérito, os primeiros da lista.