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DEIXA-TE ESTAR QUIETINHO

Neste novo ano de 2017, como nos outros, as profecias para a mudança são inúmeras. Todos se atrevem em aconselhar os outros a mudar. Mudar parece ser sempre a solução. Eu se pudesse mudaria todos os anos. Mudava todos os meses, todas as semanas e todos os dias. Passava a vida a mudar. Mudar é simples quando se tem condições para isso.
Eu com dinheiro mudava a toda a hora: Mudava de carro; de casa; de cão; de nacionalidade. Mudava tudo e não me custava nada. Por isso mudar é uma solução boa para quem pode e não tanto para quem acha que precisa. Querer mudar é estupido quando não se pode: Mudar de emprego, por exemplo, quando não se tem outro em vista parece-me parvoíce. Porque um ordenado todos os meses, parece que não, mas pode ser vantajoso em variadíssimos níveis. O vazio é bom é para dar credibilidade a malabaristas - a tal rede por baixo deixa sempre o espectador com menos entusiasmo. Por isso se eu fosse obrigado a dar um conselho diria para se deixarem estar quietinhos. Estar quieto traz inúmeras vantagens e as pessoas tendem a querer mudar o que está perfeito. Mudar por mudar não acrescenta nada e há que ter coragem para assumir. O problema é que as pessoas que mudam dizem, para não mostrarem parte fraca, que a mudança fez-lhes bem. Tretas. Novas experiências é bom é para cientistas. Eu passaria a vida a experienciar um bom sofá e uma boa companhia. Trocaria, eventualmente, a companhia mas nunca o sofá.

TEXTOS QUE ME ENTRISTECEM

Prós e Contras

Todos sabemos que temos que andar com as calças folgadinhas caso seja preciso arregaçar à pressa. Ninguém tem dúvidas disso. O último programa “Prós e Contras” gravado em Angola foi um exemplo, diria escandaloso, disso mesmo. Foi degradante para a história da nossa nação as figuras que tivemos que fazer. Pelo menos eu, ainda tenho orgulho de dizer que sou Português e não queria de maneira nenhuma deixar de o ter. O jornalista Rosa Mendes que tentou mostrar a vergonha de uma nação, tornou o caso mais vergonhoso ainda por ESTE motivo! Mas nada como histórias pessoais, também elas vergonhosas, para apaziguar a alma dos inconformados - Já me tinha acontecido, tentar salvar alguém de morrer afogado. A primeira vez e única, até este fim-de-semana que passou, foi no Gerês quando a dois metros da margem do rio o meu amigo de alcunha “Salmão”(de certeza que não foi pelos dotes de nadador que lhe puseram a alcunha, porque estes meninos nadam contra a corrente como ninguém) começa a esbracejar ...

SER DIFERENTE CUSTA E NÃO É POR TER A MANIA

Saber não fazer nada é cada vez mais uma arte - já falei sobre isto – e nos dias que correm, porque o tempo não pára, faz-me cada vez mais sentido. Numa sociedade que nos suga e nos impinge objectivos, os meus, os objectivos, são cada vez menos. Não tenho grandes metas, mas tenho uma grande meta: Ter a possibilidade de não ter nada para fazer. E isto, meus amigos, não se alcança do pé para a mão. Poder não fazer nada é cada vez mais uma bênção que poucos podem alcançar. A rapidez dos dias de hoje sega-nos. Será propositado? Talvez, mas o facto de não nos darem tempo para fixarmo-nos num ponto, para podermos observar com calma, torna tudo numa montanha linda e apejada de lixo. Por isso, como poderemos acalmar e abrandar a azafama da nossa vida, do nosso ninho familiar? Lá fora podem andar todos a mil à hora, numa tormenta de carneiros. Será que conseguimos escapar deste trilho? Sim, podemos. Como? Comprando o tempo. Só com dinheiro do nosso lado poderemos dizer que “não” a muita ...

FAZIA TUDO

Eu espero sempre o pior das pessoas. Nunca fico à espera de qualquer espécie de bondade. Talvez porque seja aquilo que eu vejo em mim: pouca bondade disfarçada com alguma disponibilidade. Na minha cabeça tento camuflar tudo isto. Por isso me emociono e me espanto com pessoas genuinamente boas. Duvido sempre delas até ter absoluta certeza. Para mim, querem sempre algo em troca. Nenhum acto é por acaso. Quando as vejo a perder tempo com os outros, acho estranho. O mundo não é assim. Eu não sou assim. Eu trabalho porque recebo ordenado. Perco tempo em fazer comida porque tenho fome e gosto de comer. Tento fazer exercício porque sei que terei a compensação do esforço. Todos os meus actos têm como base uma recompensa. Conheci cedo a bondade. A dos meus Pais. Mas dos Pais é suposto haver bondade. Uma bondade obrigatória. O tal «coração fora do peito» que as pessoas dizem e que me irrita particularmente esta expressão. Mais tarde, já no secundário, conheci a bondade pura. Foi estranho. Muito ...

Obrigado pelo vosso miminho !

Tinha que partilhar este vídeo - Não para vos mostrar as minhas qualidades fotogénicas, mas porque adorei a surpresa. Obrigado minhas lindas!