Avançar para o conteúdo principal

Ricos e Pobres




Acho que já todos reparamos que o pobre começou a adoptar o nome de rico para os seus filhos. Agora na Brandoa começou a surgir os Santiagos, na Damaia os Martins, na Amadora os Lourenços e sabe Deus onde isto vai parar.
Os ricos estão em desespero porque quando chamam o seu Martim, olham mais dois ou três com o ranho no nariz e com as mãos cheias de lama. A confusão está lançada porque os ricos não sabem que nomes darão, nas próximas gerações, aos seus filhos. Adoptar os nomes que os pobres usavam poderá ser um risco elevado, na medida que as modas passam e os nomes, ao que parece, vão ficando. Imaginem um Joaquim (Quim), um José (Zé) ou até um Manuel (Manél) a ser entoado pelas ruas da Lapa. Só de pensar até arrepia. Em Cascais já existem reuniões secretas de intelectuais de esquerda sugerindo algo diferente. O desespero é de tal ordem que o “Pantufa” e o “Pirussas” estão a ser equacionados. Porém descer tão baixo com a esperança que o pobre não corra atrás poderá ser a aniquilação do que nos identifica. Mas todo este cenário aterrador não fica por aqui: Em Odivelas, e isto ouvi eu, ninguém me contou, o homem que assa os frangos, imaginem que nem era o dono da Charcutaria, chamou a filha como se de uma estranha se tratasse - “Matilde, você pode chegar aqui que eu já a chamei por duas vezes!”
Eu sei que há mais Marias na terra, mas ninguém, neste momento, consegue garantir por quanto tempo... e se uma mão lava a outra e as duas lavam a cara seria bom, para todos, que pelo menos se retirasse da equação o ranho do nariz.

TEXTOS QUE ME ENTRISTECEM

CURTA METRAGEM - TRAILER

Aqui fica o Trailer da próxima Curta-metragem. A estreia está para breve e somente condicionada por verbas em falta de patrocinadores. Esperemos que honrem os seus compromissos e que possamos finalizar esta Curta Metragem. Espero que gostem. http://seguesoma.blogspot.com/

Não tem outro nome, é: FUTEBOL!

Sei que é um tema que não interessa a muita gente, mas tenho que confessar: Sou um amante do futebol. E ser um amante do futebol não é só ver 22 malucos atrás de uma bola. Há muitas coisas, para além desta adjectivação, que me fascinam neste grande modalidade. Como por exemplo: - As altas pressões que aqueles atletas, com pouca experiência de vida, são sujeitos. Com estádios cheios e almas carentes de descarregar as suas energias negativas; - O estudo exaustivo e obrigatório da equipa adversária e a consequente estratégia de “batalha” que implementam para ganhar a “guerra”; - A capacidade de liderança dos treinadores que são obrigados a se desmultiplicarem, cada vez mais, para serem competentes: Líderes, amigos, conselheiros, gestores de uma imensidão de recursos humanos, estrategas, comunicadores, etc etc - A dança maravilhosa e hipnotizadora de cada equipa, para quem tem o privilégio de ver um jogo no estádio; - A euforia do golo; - A paixão, inquestionável, de um adepto; - As confer

VAMOS ABATER PESSOAS?

Q uase 12 mil cães e gatos foram abatidos durante o ano de 2017. Acho interessante esta medida de forma a controlar estes animais vadios ou, e sendo mais justo para com eles, que foram abandonados. Tenho pena que esta medida não possa transitar para outros patamares. Todos sabemos que existem umas quantas pessoas que mereciam falecer, e esperar que lhes aconteça algum acidente ou que apanhem uma doença fulminante não é de todo motivador para todos nós. Por isso termos a hipótese de por fim à vida a quem nos incomoda parece-me genial. Poderíamos começar pelas, e dando a primazia a quem foi o rastilho e principiou este projecto, criaturas que se fartaram de ter os seus animais de estimação e resolveram esta equação de uma forma muito simples: pô-los fora de casa para que aprendessem como a vida é complicada quando temos alguém com consciência e que tem a bondade de nos ensinar que afinal a vida não é só comer, dormir e passear. Estes seriam, e com todo o mérito, os primeiros da lista.