Como sabemos Angola passa por uma crise financeira. O petróleo desceu para níveis em que extracção do mesmo custa tanto como preço de venda. Um País que vive essencialmente deste produto viu-se obrigado a fazer contas. Contas fazem igualmente milhares de Portugueses que aqui vivem. Os que ontem berravam que estavam fartos, hoje estão aflitos com a possibilidade de ir embora. Não condeno. Somos assim: Só estamos bem onde não estamos. Em surdina todos tentam fazer prognósticos da situação. Contam-se pelos dedos de uma mão, de um carpinteiro, os que realmente têm uma perspectiva animadora. Se me perguntarem a mim, e achei que eventualmente estariam interessados, acho que é muito cedo para ter uma opinião. Gosto sempre mais de avaliar a opinião dos outros do que dar propriamente a minha. Aprendi a viver numa terra parvónia, onde nunca ninguém se atravessa com nada. Não achar absolutamente coisa nenhuma, principalmente quando somos culpados, faz com que tudo continue na mesma. Faz-me lembrar quando eu era pequeno e ia com o meu Tio à caça. Ter a perícia de matar um ser vivo sem ser para a nossa sobrevivência assemelha-se, na tal terra parvónia, a ter um circo recheado de animais selvagens e exóticos para a criançada, de mão dada pelos seus progenitores, bater palmas a um “camelo” que domina leões.
É difícil entender como continuamos a viver com a consciência tranquila como se nada fosse. Nesta tal térrea parvónia custa assumir que se acredita em Deus mas mesmo assim, escondidos no nosso canto, imploramos pela sua ajuda quando a vida nos cerca e sufoca. Nesta térrea parvónia goza-se com quem assume ser vegetariano por uma boa causa. A causa é simples e não tem grandes floreados: O que se passa nos matadouros deveria se obrigatório, com excursões mensais, em todas as escolas primárias. Onde se contam historinhas do porquinho e da vaquinha. Nesta terra parvónia somos uns fracos e uns maricas e há quem nos chame “homens”.
Todos sabemos que temos que andar com as calças folgadinhas caso seja preciso arregaçar à pressa. Ninguém tem dúvidas disso. O último programa “Prós e Contras” gravado em Angola foi um exemplo, diria escandaloso, disso mesmo. Foi degradante para a história da nossa nação as figuras que tivemos que fazer. Pelo menos eu, ainda tenho orgulho de dizer que sou Português e não queria de maneira nenhuma deixar de o ter. O jornalista Rosa Mendes que tentou mostrar a vergonha de uma nação, tornou o caso mais vergonhoso ainda por ESTE motivo! Mas nada como histórias pessoais, também elas vergonhosas, para apaziguar a alma dos inconformados - Já me tinha acontecido, tentar salvar alguém de morrer afogado. A primeira vez e única, até este fim-de-semana que passou, foi no Gerês quando a dois metros da margem do rio o meu amigo de alcunha “Salmão”(de certeza que não foi pelos dotes de nadador que lhe puseram a alcunha, porque estes meninos nadam contra a corrente como ninguém) começa a esbracejar ...
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ResponderEliminarIsto já está melhor que 2014...
:)