Já voltei de Portugal e é magnifico rever as pessoas de quem gostamos. Confesso que já vim há algum tempo e não é por preguiça que não vos escrevo. Ando cansado. Não do trabalho, que esse enquanto mais melhor, mas sim das crises existenciais que me assolam de tempos a tempos. Mas nada que deva ser aprofundado.
Hoje venho-vos falar de culinária. Ontem, pela primeira vez, fiz Pataniscas com arroz de tomate. Admito que ficaram um bocado massudas, mas nada que a mão não apure numa próxima vez. Ando a cozinhar que nem um desalmado. Faço coisas que nem vos passam pela cabeça. Até arrisquei em comprar um coelho para fazer. Vai ficar no tempero de vinho tinto durante um dia e quando saltar para a panela já vai com o perfume desejado. Não é brincadeira. Apetece-me desbravar o mundo através da culinária. Sentir os cheiros e os sabores de outros povos. Posso afirmar, aqui, que se me dessem a escolher entre um prato novo de comida e um Ferrari, eu escolheria o Ferrari. Não sou parvo, mas arrancaria com este com os olhos em soslaio para o prato de comida. Desde pequeno que sou assim. Se o mundo acabasse à dentada eu seria, certamente, o vencedor. Amo a comida como se de um filho se tratasse. Vejo ali o meu coração a bater fora do meu corpo. Sempre percebi a paixão de um Pai embora não tenha filhos. O expoente máximo é quando me deparo com um arroz de cabidela. É como o despertar de um vulcão adormecido. Por muito que tente, não consigo encontrar um conclusão para este texto, e por isso …
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