O menino sonhava ser escritor - Os colegas queriam ser jogadores da bola - Este só queria ser escritor. Começou cedo a escrever histórias. Ninguém as lia, nem os Pais, que normalmente fazem sempre esse tipo de sacrifícios, tinham paciência para a confusão de personagens e enredos que o Tiago para ali arranjava. Ele continuava com uma felicidade que sempre me impressionou. Cresceu, tronou-se um homem e continuava a escrever textos e mais textos, histórias e mais histórias. Ninguém as lia, e ele não queria saber.
Casou e teve 4 filhos. Trabalhava na esquina da sua rua sempre com a mesma precisão, sempre com o mesmo empenho. Contava histórias aos seus filhos para eles adormecerem, as histórias que ele próprio escrevia. Nunca se repetia e nenhum deles pediu para repetir alguma. Ele era escritor. Ele era feliz por sê-lo. Escreveu a carta de despedida muito antes de se despedir. Era demasiado feliz para forçar o seu fim. Escrevia e continuava a escrever, sempre com caneta e papel. Nunca nenhuma tecnologia lhe retirou este hábito. Eram pilhas e pilhas de letras, de palavras, textos e livros que nunca forçou ninguém para os ler.
A carta de despedida sempre ficava em cima da velhinha mesa de madeira situada ao canto, junto à janela, do seu quarto. Passavam folhas, textos, canetas, papel amachucado, mas sempre tudo era arquivado, menos a sua carta de despedida. Só ela poderia ficar ali em cima quando ele terminava o seu ritual de escrita e depressa arrumava todos os gatafunhos.
Tudo tem um fim, e o Tiago partiu já os filhos estavam casados e em seus ninhos. A mulher foi pouco antes dele como se adivinhasse que não aguentaria sozinha. Ela amava-o profundamente. Daqueles amores que nada há em troca. A carta de despedida estava ali para ser lida, foi a sua única exigência. Somente dizia uma palavra como se não houvesse mais nada para dizer. Dizia “ADEUS!”
Casou e teve 4 filhos. Trabalhava na esquina da sua rua sempre com a mesma precisão, sempre com o mesmo empenho. Contava histórias aos seus filhos para eles adormecerem, as histórias que ele próprio escrevia. Nunca se repetia e nenhum deles pediu para repetir alguma. Ele era escritor. Ele era feliz por sê-lo. Escreveu a carta de despedida muito antes de se despedir. Era demasiado feliz para forçar o seu fim. Escrevia e continuava a escrever, sempre com caneta e papel. Nunca nenhuma tecnologia lhe retirou este hábito. Eram pilhas e pilhas de letras, de palavras, textos e livros que nunca forçou ninguém para os ler.
A carta de despedida sempre ficava em cima da velhinha mesa de madeira situada ao canto, junto à janela, do seu quarto. Passavam folhas, textos, canetas, papel amachucado, mas sempre tudo era arquivado, menos a sua carta de despedida. Só ela poderia ficar ali em cima quando ele terminava o seu ritual de escrita e depressa arrumava todos os gatafunhos.
Tudo tem um fim, e o Tiago partiu já os filhos estavam casados e em seus ninhos. A mulher foi pouco antes dele como se adivinhasse que não aguentaria sozinha. Ela amava-o profundamente. Daqueles amores que nada há em troca. A carta de despedida estava ali para ser lida, foi a sua única exigência. Somente dizia uma palavra como se não houvesse mais nada para dizer. Dizia “ADEUS!”
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