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Dunas

Poderia ser o título de uma canção inédita, mas o que me impressiona são os grãos de areia.
Naquela multidão não existe um que se sobressaia.
Já pensaram nisso?
Pelas vossas caras já vi que não. E fazem bem.

Ser diferente ou ser conhecido é uma das grandes ambições de muitas pessoas.
Eu incluo-me nesta grande percentagem.
Quer quem ser igual a toda a gente?
Queria ser diferente, mas não consigo. Pelo menos pelo mérito não chego lá. Já pensei em mil e uma maneiras e cheguei à conclusão que se toda a gente nasce com um dom, eu, quando essa benesse foi distribuída, deveria estar a dormir ou escondido numa gruta.
Já tentei pintar, fazer esculturas na areia, escrever poemas, sorrir para uma criança e até animar o Natal dos hospitais, mas não há maneira. Tudo o que faço sai torto e mal acabado. Se bem que faço umas ervilhas com ovos escalfados que é de comer e chorar por mais. É verdade que a minha mãe faz melhor, mas nas ervilhas acho que com treino, persistência e muito trabalho consigo superá-la.

Nestes tempos em que o que temos é bem mais importante do que aquilo que somos, e não me digam que vocês pensam de maneira diferente, achei por bem começar a amealhar caricas de cerveja. Já tenho 4 caricas de diferentes marcas, mas vou desistir.
Nunca tive paciência nem motivação para coleccionar o que quer que fosse. As minhas cadernetas se tivessem mais de 5 cromos já se podiam dar por contentes. Ainda me lembro que um dos meus irmãos, fazia colecção de latas de bebidas. Então, tínhamos o roupeiro com uma paisagem magnífica de latas empilhadas umas em cima das outras. Como em qualquer colecção, existe sempre uma das peças que é a jóia da coroa. Neste caso era uma lata antiga que tinha vindo de Espanha. Vejam bem a qualidade e a internacionalização desta colecção.
Foi aí que tive a certeza que coleccionar é uma coisa estúpida.
Mas eu também sou e continuo por aqui, por isso…

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