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RACISMO


Normalmente tenho pouca coisa a dizer sobre assuntos tão óbvios (e sobre os outros também) porque não chego a perceber, embora gostasse, o que vai no cérebro das pessoas que debatem o racismo com a veia do pescoço prestes a explodir. Mas sobre o Racismo permitam-me dizer que não me interessa de onde as pessoas vêm, se vierem por bem. Se vierem por mal, como é óbio,  também não me interessa se é Branco, Preto, Amarelo ou às Bolinhas, simplesmente não é bem-vindo. Por isso se eu vir um Preto a roubar irei condenar. Se um Branco violar alguém tem que ser julgado e preso (para o resto da vida de preferência). Se um Chinês vender carne de cão tem que ser no mínimo espancado até à morte com um pau cheio de pregos. Claro que estou a brincar porque o Pau não precisa de ter pregos. E atenção que quando digo um Chinês a vender carne de cão, poderia ser também um Português, embora seja mais provável que seja um Chinês. (ESTE RACIOCÍNIO NÃO CONTA COMO RACISMO, É MERAMENTE UMA ANÁLISE DE PROBABILIDADES)
Parece simples perceber que as pessoas têm que ser julgadas por aquilo que fazem e não porque nasceram num ponto cardeal diferente do nosso. Agora a verdade tem que ser dita: o Povo Português, na sua generalidade, é tudo menos racista. Deixem-se de histórias e de debates e mais debates. Somos um Povo que recebe a diferença étnica como poucos embora tenhamos outros problemas gravíssimos como a corrupção que me envergonha profundamente enquanto emigrante há mais de uma década. Mas isso fica para outras núpcias porque como vos escrevo de África, é já é de noite, é muito provável que possa faltar a luz e depois para terminar este texto seria um Deus me acuda. (MAIS UMA VEZ ESTE RACIOCÍNIO NÃO CONTA COMO RACISMO, É MERAMENTE UMA ANÁLISE DE PROBABILIDADES)

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TEXTOS QUE ME ENTRISTECEM

Prós e Contras

Todos sabemos que temos que andar com as calças folgadinhas caso seja preciso arregaçar à pressa. Ninguém tem dúvidas disso. O último programa “Prós e Contras” gravado em Angola foi um exemplo, diria escandaloso, disso mesmo. Foi degradante para a história da nossa nação as figuras que tivemos que fazer. Pelo menos eu, ainda tenho orgulho de dizer que sou Português e não queria de maneira nenhuma deixar de o ter. O jornalista Rosa Mendes que tentou mostrar a vergonha de uma nação, tornou o caso mais vergonhoso ainda por ESTE motivo! Mas nada como histórias pessoais, também elas vergonhosas, para apaziguar a alma dos inconformados - Já me tinha acontecido, tentar salvar alguém de morrer afogado. A primeira vez e única, até este fim-de-semana que passou, foi no Gerês quando a dois metros da margem do rio o meu amigo de alcunha “Salmão”(de certeza que não foi pelos dotes de nadador que lhe puseram a alcunha, porque estes meninos nadam contra a corrente como ninguém) começa a esbracejar ...

É desta!

É verdade, chegou ao fim e será para todos nós um grande alívio. Este Blogue começou em Angola, pelo facto de estar longe da minha terra e pela necessidade de exprimir o que me ia na alma. Já se passaram 4 anos, nunca eu pensei que estaria cá tanto tempo, e para mim, não faz mais sentido continuar. Tudo o que começa a ser forçado é o primeiro indício de que tem que acabar. E acaba. Só me resta agradecer a todos os que gostaram de aqui estar, e agredeço também aos que não gostaram - Como na morte, a despedida deve ser sempre camuflada pelo sentimento nobre. Obrigado a todos e encontramo-nos por aí!

SER DIFERENTE CUSTA E NÃO É POR TER A MANIA

Saber não fazer nada é cada vez mais uma arte - já falei sobre isto – e nos dias que correm, porque o tempo não pára, faz-me cada vez mais sentido. Numa sociedade que nos suga e nos impinge objectivos, os meus, os objectivos, são cada vez menos. Não tenho grandes metas, mas tenho uma grande meta: Ter a possibilidade de não ter nada para fazer. E isto, meus amigos, não se alcança do pé para a mão. Poder não fazer nada é cada vez mais uma bênção que poucos podem alcançar. A rapidez dos dias de hoje sega-nos. Será propositado? Talvez, mas o facto de não nos darem tempo para fixarmo-nos num ponto, para podermos observar com calma, torna tudo numa montanha linda e apejada de lixo. Por isso, como poderemos acalmar e abrandar a azafama da nossa vida, do nosso ninho familiar? Lá fora podem andar todos a mil à hora, numa tormenta de carneiros. Será que conseguimos escapar deste trilho? Sim, podemos. Como? Comprando o tempo. Só com dinheiro do nosso lado poderemos dizer que “não” a muita ...

OLÉ