E não chega. Por isso o grande projecto das nossas vidas somos nós. Não vale a pena descartarmos essa responsabilidade para ninguém e muito menos para os filhos. Viver para os filhos não é aconselhável para ambas as partes. O exemplo dos meus Pais é bem demonstrador do desgosto que poderá advir de por nas mãos dos filhos a nossa existência - O resultado foi catastrófico para dois dos três filhos que tiveram. Defendê-los-emos até que a força nos seja extinta. Até aqui estamos de acordo. Agora a nossa vida é a nossa vida. É única e voraz. Tem que ser deliciosa no mesmo ponto que irá ser trágica e camuflada de aparências. Iremos do oito ao oitenta e tenhamos na mente que passaremos por muitos desgostos e com sorte por enormes alegrias. Tudo faz parte e não existem segredos ou livros reveladores. Minto, há um livro com o titulo “Onde está a felicidade?” de Camilo Castelo Branco, que após uma boa centena de páginas chega à brilhante conclusão de que «a felicidade está debaixo de uma tábua onde se encontra 250 contos de reis.» Fora este livro não há assim grandes escrituras, palestras, dizeres, rabiscos ou erros otográficos que ensine a viver a vida de cada um. Talvez porque cada uma é única. Talvez porque os outros não são mais nem menos do que nós, e por isso os conselhos da vida alheia servirá tanto como dizer a um camelo que a água é a fonte da vida. Ele melhor que ninguém saberá disso. Mesmo assim o sábio conselho “ vive a vida” acaba por ser dos mais sensatos. Porque estando vivo não vejo grande alternativa. Quando eu era criança tinha a triste brincadeira de fingir-me de morto e nunca ganhei muito com isso. Desde pequenino, e nos intervalos desta brincadeira, do morto, fui percebendo que é preciso fazer qualquer coisa. Mexer-me um bocadinho mais. Talvez falar um bocadinho menos. Ter menos coisas. Mostrar cada vez menos. Ter menos e talvez, arriscaria, ser um bocadinho mais.
E não chega. Por isso o grande projecto das nossas vidas somos nós. Não vale a pena descartarmos essa responsabilidade para ninguém e muito menos para os filhos. Viver para os filhos não é aconselhável para ambas as partes. O exemplo dos meus Pais é bem demonstrador do desgosto que poderá advir de por nas mãos dos filhos a nossa existência - O resultado foi catastrófico para dois dos três filhos que tiveram. Defendê-los-emos até que a força nos seja extinta. Até aqui estamos de acordo. Agora a nossa vida é a nossa vida. É única e voraz. Tem que ser deliciosa no mesmo ponto que irá ser trágica e camuflada de aparências. Iremos do oito ao oitenta e tenhamos na mente que passaremos por muitos desgostos e com sorte por enormes alegrias. Tudo faz parte e não existem segredos ou livros reveladores. Minto, há um livro com o titulo “Onde está a felicidade?” de Camilo Castelo Branco, que após uma boa centena de páginas chega à brilhante conclusão de que «a felicidade está debaixo de uma tábua onde se encontra 250 contos de reis.» Fora este livro não há assim grandes escrituras, palestras, dizeres, rabiscos ou erros otográficos que ensine a viver a vida de cada um. Talvez porque cada uma é única. Talvez porque os outros não são mais nem menos do que nós, e por isso os conselhos da vida alheia servirá tanto como dizer a um camelo que a água é a fonte da vida. Ele melhor que ninguém saberá disso. Mesmo assim o sábio conselho “ vive a vida” acaba por ser dos mais sensatos. Porque estando vivo não vejo grande alternativa. Quando eu era criança tinha a triste brincadeira de fingir-me de morto e nunca ganhei muito com isso. Desde pequenino, e nos intervalos desta brincadeira, do morto, fui percebendo que é preciso fazer qualquer coisa. Mexer-me um bocadinho mais. Talvez falar um bocadinho menos. Ter menos coisas. Mostrar cada vez menos. Ter menos e talvez, arriscaria, ser um bocadinho mais.