Avançar para o conteúdo principal

DAVID CRUZ E A SENHORA DO METRO

Não digo qual deles é que foi, deixando no ar a dúvida, porque todos sabemos que há por aí muita gente malandra e capaz de num momento de dor...

Começo por aqui porque por vezes não há outra maneira de começar: Numa reportagem foi desvendada a Senhora que é a voz para milhares de Portugueses que andam de metro. É verdade, fizeram uma reportagem sobre isto e já me imagino a uma mesa de café a discutir este assunto com os meus amigos Rafael Guilherme e David Cruz. Também lá poderia estar o Freitas de Fonseca que é fortíssimo em dar opiniões contrárias em assuntos que normalmente todas as pessoas convergem. Desculpem introduzir assim estes nomes de amigos à bruta, e sem aparente sentido, mas não poderia de dar o meu apoio e homenagem a quem foi operado ao intestino grosso - é uma maneira parva de o fazer, aceito isso, mas não o sei fazer de outra maneira. Não digo qual deles é que foi, deixando no ar a dúvida, porque todos sabemos que há por aí muita gente malandra e capaz de num momento de dor (porque uma operação destas parece que aleija) ser capaz de se por com trocadilhos e piadas do género: Olha o rapazinho que tinha a mania que era o maior agora anda a cagar fininho; Finalmente desligaram o intestino do cérebro porque só dizias mer…
Esse tipo de parvoíces que o rapaz não merece porque até é das pessoas mais meigas e conciliadoras que conheço. Só não conto a história da lista de bons profissionais, considerada por ele, porque não abona a meu favor. Bem, mas voltando à Senhora, e perdoem-me por já não me lembrar do nome dela, dizia que tinha imenso orgulho em ser a voz do Metro. Pareceu-me exagerado ela dizer isto levando-me a questionar que tipo de orgulho se sente ao ler uma frase para um microfone do género: Próxima paragem Rossio. É verdade que são milhares de pessoas que todos os dias a ouvem a dizer sempre a mesma coisa, e nessa perspectiva, temos de admitir, que é um caso excepcional na medida em que são raras as vezes em que uma Senhora repete todos os dias a mesma coisa e que nos faz, efectivamente, algum sentido. Aliás deveria ser um caso de estudo para todas as outras Mulheres. O pragmatismo e a forma directa com que se diz as coisas facilita-nos, e muito, a vida. Imaginemos que em vez de ela nos dizer “Próxima paragem Sete-Rios” diria “Senhor passageiro e Senhora Passageira, espero que estejam a disfrutar de uma viagem calma e tranquila, sendo que desta forma estamos a chegar à próxima paragem que fica localizada entre Palhavã e Benfica. Este bairro cresceu a partir de uma área que em finais do século XIX era ocupada maioritariamente por quintas e terrenos de cultura. Não preciso de dizer o nome da estação porque já todos devem ter percebido qual seja…” Isto seria, é verdade, ao que todo o homem está habituado quando ouve uma mulher falar - pensamentos femininos em que o pragmatismo é trocado por nós cerebrais de subentendimento do que se quer realmente dizer. E nisso, admitamos, os homens são burros. Para nós é preto no branco. Os tons coloridos e as voltas complexas e intrincadas aos temas deixa-nos apavorados e sem saber o que fazer. Por vezes, ou muitas vezes, desligamos e ficamos com uma surdez selectiva. Deixamos de ouvir. Somos acusados infinitas vezes de não estarmos a prestar atenção. A nossa capacidade de concentração é fraca e é preciso dizer isto sem papas na língua. Vocês têm que ser mais objectivas. Não as queremos mudar, não é isso. Mas para nos entendermos melhor é necessário esse ajuste. Não precisam de dizer tudo preto no branco, mas quando não se quiserem chatear façam isso. Digam as coisas como elas são. Por exemplo, se for necessário ir comprar alguma coisa no supermercado, não digam, por favor «Não te esqueças do que te disse na segunda-feira.» Isso foi esquecido no próprio dia e não foi por mal. O nosso chip de armazenamento está quase sempre cheio. Por futilidades, poderão vocês pensar, mas na realidade “o vazio” é o que mais predomina e é-nos extremamente importante. Por isso eu também sinto orgulho naquela mulher. Quando a próxima paragem for Alfornelos eu sei que ela não me vai dizer “Não te esqueças que sais todos os dias na mesma paragem ,não a deixes passar…lembra-te que é aquela em que tem os azulejos coloridos nos pilares centrais!”

TEXTOS QUE ME ENTRISTECEM

CURTA METRAGEM - TRAILER

Aqui fica o Trailer da próxima Curta-metragem. A estreia está para breve e somente condicionada por verbas em falta de patrocinadores. Esperemos que honrem os seus compromissos e que possamos finalizar esta Curta Metragem. Espero que gostem. http://seguesoma.blogspot.com/

Não tem outro nome, é: FUTEBOL!

Sei que é um tema que não interessa a muita gente, mas tenho que confessar: Sou um amante do futebol. E ser um amante do futebol não é só ver 22 malucos atrás de uma bola. Há muitas coisas, para além desta adjectivação, que me fascinam neste grande modalidade. Como por exemplo: - As altas pressões que aqueles atletas, com pouca experiência de vida, são sujeitos. Com estádios cheios e almas carentes de descarregar as suas energias negativas; - O estudo exaustivo e obrigatório da equipa adversária e a consequente estratégia de “batalha” que implementam para ganhar a “guerra”; - A capacidade de liderança dos treinadores que são obrigados a se desmultiplicarem, cada vez mais, para serem competentes: Líderes, amigos, conselheiros, gestores de uma imensidão de recursos humanos, estrategas, comunicadores, etc etc - A dança maravilhosa e hipnotizadora de cada equipa, para quem tem o privilégio de ver um jogo no estádio; - A euforia do golo; - A paixão, inquestionável, de um adepto; - As confer

VAMOS ABATER PESSOAS?

Q uase 12 mil cães e gatos foram abatidos durante o ano de 2017. Acho interessante esta medida de forma a controlar estes animais vadios ou, e sendo mais justo para com eles, que foram abandonados. Tenho pena que esta medida não possa transitar para outros patamares. Todos sabemos que existem umas quantas pessoas que mereciam falecer, e esperar que lhes aconteça algum acidente ou que apanhem uma doença fulminante não é de todo motivador para todos nós. Por isso termos a hipótese de por fim à vida a quem nos incomoda parece-me genial. Poderíamos começar pelas, e dando a primazia a quem foi o rastilho e principiou este projecto, criaturas que se fartaram de ter os seus animais de estimação e resolveram esta equação de uma forma muito simples: pô-los fora de casa para que aprendessem como a vida é complicada quando temos alguém com consciência e que tem a bondade de nos ensinar que afinal a vida não é só comer, dormir e passear. Estes seriam, e com todo o mérito, os primeiros da lista.