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O MUNDO NÃO ME ALEIJA

Há na realidade gente com pouca sorte e que se distingue por completo desta classe. São algumas excepções e que tiveram, de facto, o azar a bater-lhe à porta. A nossa vénia e apoio a esses Heróis. 



“É preciso ter senso de humor e não ver como génio aquele que, hoje em dia, facilmente é Doutor.”
É uma frase que não é minha, como facilmente se percebe (não só pelo simples facto de ter aspas). Uma frase assim faz sonhar o mais frustrado. Como se ele merecesse sonhar. Um frustrado não tem remédio que o cure. Será sempre o que quis ser – nada. O frustrado alimenta-se do oposto e alia-se ao seu semelhante, ou seja, de outros frustrados. Coitadinhos são como ele. Mas os mais apreciados, por esta espécie, são os que estão ainda pior que estes desgraçados. A desgraça faz com que esta comunidade se una e chorem as injustiças que a vida lhes tem pregado. São os “coitadinhos”. O resto do mundo não imagina como sofrem. Os outros não fazem ideia do que é o verdadeiro sofrimento, do que é ter problemas. Como se a “dor” fosse uma medalha exclusiva desta gente. “Estou farto de sofrer!” - diz o pobre coitado. Vamos todos dar as mãos, e dizer em uníssono: “Coitadinho!”.
Há na realidade gente com pouca sorte e que se distingue por completo desta classe. São algumas excepções e que tiveram, de facto, o azar a bater-lhe à porta. A nossa vénia e apoio a esses Heróis. Fora isso temos que ser impiedosos e não perder tempo com os frustrados. Não se pergunta um frustrado como é que vai a vida; Nunca se conta a um frustrado os nossos problemas. No fundo não se deve conviver com frustrados. É gente que merece viver, é certo. Ninguém aqui quer abater a tiro nenhum deles. Até porque um tiro bem dado, iria impedir o frustrado de se queixar novamente. E eu não estou a pedir isso. Por vezes sabe-me bem ouvir frustrados. Faz com que eu continue agarrado, com todas as minhas forças, à ideia (parva confesso), de que o mundo, a mim, não me aleija. E não só não me aleija como ainda por cima, eu sou mais forte do que ele. Só um estupido pode querer levar a vida a peito. Mas se quiser levar tudo bem...depois não se queixe e não diga que se aleija.

TEXTOS QUE ME ENTRISTECEM

Prós e Contras

Todos sabemos que temos que andar com as calças folgadinhas caso seja preciso arregaçar à pressa. Ninguém tem dúvidas disso. O último programa “Prós e Contras” gravado em Angola foi um exemplo, diria escandaloso, disso mesmo. Foi degradante para a história da nossa nação as figuras que tivemos que fazer. Pelo menos eu, ainda tenho orgulho de dizer que sou Português e não queria de maneira nenhuma deixar de o ter. O jornalista Rosa Mendes que tentou mostrar a vergonha de uma nação, tornou o caso mais vergonhoso ainda por ESTE motivo! Mas nada como histórias pessoais, também elas vergonhosas, para apaziguar a alma dos inconformados - Já me tinha acontecido, tentar salvar alguém de morrer afogado. A primeira vez e única, até este fim-de-semana que passou, foi no Gerês quando a dois metros da margem do rio o meu amigo de alcunha “Salmão”(de certeza que não foi pelos dotes de nadador que lhe puseram a alcunha, porque estes meninos nadam contra a corrente como ninguém) começa a esbracejar ...

SER DIFERENTE CUSTA E NÃO É POR TER A MANIA

Saber não fazer nada é cada vez mais uma arte - já falei sobre isto – e nos dias que correm, porque o tempo não pára, faz-me cada vez mais sentido. Numa sociedade que nos suga e nos impinge objectivos, os meus, os objectivos, são cada vez menos. Não tenho grandes metas, mas tenho uma grande meta: Ter a possibilidade de não ter nada para fazer. E isto, meus amigos, não se alcança do pé para a mão. Poder não fazer nada é cada vez mais uma bênção que poucos podem alcançar. A rapidez dos dias de hoje sega-nos. Será propositado? Talvez, mas o facto de não nos darem tempo para fixarmo-nos num ponto, para podermos observar com calma, torna tudo numa montanha linda e apejada de lixo. Por isso, como poderemos acalmar e abrandar a azafama da nossa vida, do nosso ninho familiar? Lá fora podem andar todos a mil à hora, numa tormenta de carneiros. Será que conseguimos escapar deste trilho? Sim, podemos. Como? Comprando o tempo. Só com dinheiro do nosso lado poderemos dizer que “não” a muita ...

FAZIA TUDO

Eu espero sempre o pior das pessoas. Nunca fico à espera de qualquer espécie de bondade. Talvez porque seja aquilo que eu vejo em mim: pouca bondade disfarçada com alguma disponibilidade. Na minha cabeça tento camuflar tudo isto. Por isso me emociono e me espanto com pessoas genuinamente boas. Duvido sempre delas até ter absoluta certeza. Para mim, querem sempre algo em troca. Nenhum acto é por acaso. Quando as vejo a perder tempo com os outros, acho estranho. O mundo não é assim. Eu não sou assim. Eu trabalho porque recebo ordenado. Perco tempo em fazer comida porque tenho fome e gosto de comer. Tento fazer exercício porque sei que terei a compensação do esforço. Todos os meus actos têm como base uma recompensa. Conheci cedo a bondade. A dos meus Pais. Mas dos Pais é suposto haver bondade. Uma bondade obrigatória. O tal «coração fora do peito» que as pessoas dizem e que me irrita particularmente esta expressão. Mais tarde, já no secundário, conheci a bondade pura. Foi estranho. Muito ...

Obrigado pelo vosso miminho !

Tinha que partilhar este vídeo - Não para vos mostrar as minhas qualidades fotogénicas, mas porque adorei a surpresa. Obrigado minhas lindas!