Espero que se encontrem de saúde porque, como sempre nos ensinaram, é o mais importante. Dizem que tudo o resto vem por acréscimo. Menos estes textos que habitualmente vos escrevo. Eles simplesmente não aparecem - independentemente se eu tenha muita ou pouca saúde. São fruto de muito estudo, minucia, observação e principalmente de veracidade. Aqui não se brinca caros leitores. Aqui trabalha-se a sério, com perseverança e com a missão de vos dar sempre o melhor. Não são raras as vezes em que leio e volto a reler. Emendo aqui, mudo uma ideia ali e invariavelmente apago parágrafos inteiros. As minhas entranhas são despojadas com muito sacrifício. Nada vem por acréscimo. Para quê ou com que finalidade? Nenhuma. Decapito qualquer objectivo à partida. As metas são para quem acredita que tudo, ou uma parte, termina nela, na meta. Li e reli o que acabei de escrever e nada me faz sentido. Mas não mudei nada. O que leram mantém-se virgem e inalterado. Puro e por isso uma merda
Todos sabemos que temos que andar com as calças folgadinhas caso seja preciso arregaçar à pressa. Ninguém tem dúvidas disso. O último programa “Prós e Contras” gravado em Angola foi um exemplo, diria escandaloso, disso mesmo. Foi degradante para a história da nossa nação as figuras que tivemos que fazer. Pelo menos eu, ainda tenho orgulho de dizer que sou Português e não queria de maneira nenhuma deixar de o ter. O jornalista Rosa Mendes que tentou mostrar a vergonha de uma nação, tornou o caso mais vergonhoso ainda por ESTE motivo! Mas nada como histórias pessoais, também elas vergonhosas, para apaziguar a alma dos inconformados - Já me tinha acontecido, tentar salvar alguém de morrer afogado. A primeira vez e única, até este fim-de-semana que passou, foi no Gerês quando a dois metros da margem do rio o meu amigo de alcunha “Salmão”(de certeza que não foi pelos dotes de nadador que lhe puseram a alcunha, porque estes meninos nadam contra a corrente como ninguém) começa a esbracejar ...