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Oh Velha!


Todos têm um amigo que se indigna de uma forma descontrolada nas redes sociais. Eu também o tenho porque não quero ser diferente. Tenho-o e com alguma perplexidade, confesso. O Bicho é ruim. No nosso meio é uma pessoa completamente calma e até indiferente ao que o rodeia, mas em frente a um teclado o homem transforma-se. E acho bem, se é para criticar e falar mal, nada melhor do que não ter o lesado frente-a-frente. Temos outra disponibilidade. Sacamos coisas das nossas entranhas que nunca na vida o poderíamos fazer se a outra pessoa tivesse na nossa frente.
Acho que acreditar no amor também é isto: Ou seja, se o nosso amor-próprio estiver em baixo, nada melhor do que enxovalhar o próximo. Já os grandes ensinamentos nos dizem isto : “Quem já pecou muitas vezes que atire as pedras que quiser!”
Reparem que o “falar mal” é mais do que necessário, é vital. Eu próprio faço isso e com alguma regularidade. Principalmente quando me lembro da minha querida Avó. Morreu antes de tempo e não há dia que eu não lhe rogue uma praga caso ela tenha ido para o céu. Quando vou dormir é comum dirigir-lhe a palavra dizendo “ Deus queira que hoje a nuvem onde tu dormes tenha as molas estragadas!” e remato com um “Oh Velha!” Quando vou jantar ou almoçar também é frequente que eu me lembre dela. Com o avançar da idade a placa era um auxílio imprescindível para que conseguisse mastigar os alimentos. Eu sei que ela a deixou cá e por muito que o bife seja tenrinho…

Não é? Antónia!

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TEXTOS QUE ME ENTRISTECEM

Prós e Contras

Todos sabemos que temos que andar com as calças folgadinhas caso seja preciso arregaçar à pressa. Ninguém tem dúvidas disso. O último programa “Prós e Contras” gravado em Angola foi um exemplo, diria escandaloso, disso mesmo. Foi degradante para a história da nossa nação as figuras que tivemos que fazer. Pelo menos eu, ainda tenho orgulho de dizer que sou Português e não queria de maneira nenhuma deixar de o ter. O jornalista Rosa Mendes que tentou mostrar a vergonha de uma nação, tornou o caso mais vergonhoso ainda por ESTE motivo! Mas nada como histórias pessoais, também elas vergonhosas, para apaziguar a alma dos inconformados - Já me tinha acontecido, tentar salvar alguém de morrer afogado. A primeira vez e única, até este fim-de-semana que passou, foi no Gerês quando a dois metros da margem do rio o meu amigo de alcunha “Salmão”(de certeza que não foi pelos dotes de nadador que lhe puseram a alcunha, porque estes meninos nadam contra a corrente como ninguém) começa a esbracejar ...

SER DIFERENTE CUSTA E NÃO É POR TER A MANIA

Saber não fazer nada é cada vez mais uma arte - já falei sobre isto – e nos dias que correm, porque o tempo não pára, faz-me cada vez mais sentido. Numa sociedade que nos suga e nos impinge objectivos, os meus, os objectivos, são cada vez menos. Não tenho grandes metas, mas tenho uma grande meta: Ter a possibilidade de não ter nada para fazer. E isto, meus amigos, não se alcança do pé para a mão. Poder não fazer nada é cada vez mais uma bênção que poucos podem alcançar. A rapidez dos dias de hoje sega-nos. Será propositado? Talvez, mas o facto de não nos darem tempo para fixarmo-nos num ponto, para podermos observar com calma, torna tudo numa montanha linda e apejada de lixo. Por isso, como poderemos acalmar e abrandar a azafama da nossa vida, do nosso ninho familiar? Lá fora podem andar todos a mil à hora, numa tormenta de carneiros. Será que conseguimos escapar deste trilho? Sim, podemos. Como? Comprando o tempo. Só com dinheiro do nosso lado poderemos dizer que “não” a muita ...

FAZIA TUDO

Eu espero sempre o pior das pessoas. Nunca fico à espera de qualquer espécie de bondade. Talvez porque seja aquilo que eu vejo em mim: pouca bondade disfarçada com alguma disponibilidade. Na minha cabeça tento camuflar tudo isto. Por isso me emociono e me espanto com pessoas genuinamente boas. Duvido sempre delas até ter absoluta certeza. Para mim, querem sempre algo em troca. Nenhum acto é por acaso. Quando as vejo a perder tempo com os outros, acho estranho. O mundo não é assim. Eu não sou assim. Eu trabalho porque recebo ordenado. Perco tempo em fazer comida porque tenho fome e gosto de comer. Tento fazer exercício porque sei que terei a compensação do esforço. Todos os meus actos têm como base uma recompensa. Conheci cedo a bondade. A dos meus Pais. Mas dos Pais é suposto haver bondade. Uma bondade obrigatória. O tal «coração fora do peito» que as pessoas dizem e que me irrita particularmente esta expressão. Mais tarde, já no secundário, conheci a bondade pura. Foi estranho. Muito ...

Obrigado pelo vosso miminho !

Tinha que partilhar este vídeo - Não para vos mostrar as minhas qualidades fotogénicas, mas porque adorei a surpresa. Obrigado minhas lindas!