Estava tudo feito em retalhos. Mais uma vez as bifurcações eram mais que muitas e o clima poder-se-ia tornar pesado. O Ismael tinha uma única opção: Esperar!
Que isto está mau, já todos sabemos. Como se aceitam as situações é que já é outra conversa. O murmúrio inicial gritava cada vez mais alto, poderei dizer que quase ouvia a algazarra que ia dentro do rapaz. Palavras sábias não eram necessárias, assim como seriam inconsequentes. Os medos nasciam como cogumelos num clima propício. Tudo estava posto em causa. Chegaríamos ao “momento chave” muito em breve. Todos perguntavam como é que iam as coisas. A resposta era sempre a mesma.
Tudo só pode ir bem para quem não quer que isso aconteça. Já sabemos pelo Correio da Manhã que o povo está sedento da desgraça. Os pobres coitados precisam de calamidade para se sentirem vivos. O Ismael precisa de paz. A espera torna-se cada vez mais longa. Parece que nada depende do tempo visto que este se estende como uma nuvem. Tapa tudo. A espera parece não ser a solução e o tempo continua a contar. As vozes são cada vez mais ruidosas. Já existem tumultos que precisam de se libertar. “Calma Ismael… Calma!”
Não o disse. Só rezei para que assim fosse.
Mais uma curta metragem que tem tudo para não ser vista. http://seguesoma.blogspot.com/
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