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Que vida é esta?

A vida não vai acabar bem. Sabemos disso embora, por burrice, nos esqueçamos a todo o momento. Vamos morrer e na melhor das hipóteses quando formos velhinhos e rezando, desejando, pedindo e implorando que não soframos muito na decadência própria do avançar da idade. Na caminhada fazemos por esquecer que tudo é efémero. Tudo passa e não temos um décimo da importância que julgamos ter. As desilusões são um bálsamo para todas as vidas, elas mostram-nos a realidade. Estávamos iludidos. Estamos quase sempre iludidos. Parece que gostamos de viver dessa forma. Olhamos para os velhos como se fossem uma miragem, não nos colocamos na pele de quem tem o fim tão perto. Um fim que será miserável por todas as razões e mais algumas. Aos poucos se perde tudo e se fica sem nada. A cabeça não quer, teimosamente, acompanhar o definhar do corpo. Todas as ilusões do futuro não existem e a certeza da morte está ao virar da esquina. Metemo-los num lar e nas visitas tentamos apaziguar a tragédia que está ali a acontecer e com a promessa que voltamos na semana seguinte. Essa promessa não vale de nada. Essa promessa não é nada. Tento imaginar o que vai naquelas cabeças e fico de rastos de por momentos estar na pele deles. Imaginem se aquela fosse a minha vida. Abandonado num lar. Acho que não existe outra maneira real de analisar o que está ali a acontecer. Para continuarmos com a normalidade da nossa vida somos forçados a pensar que não haveria outra maneira. São os nossos Pais que ali estão, aqueles que sacrificaram e jogaram a vida deles fora por nós. Mesmo assim não haveria outra maneia. Queremos a paz necessária para continuar, não podemos carregar o peso daquela hipocrisia e fazemos mais visitas do que o normal, ou chegamos ao ponto de seguir a nossa vida para outro Continente. Como se tivéssemos que seguir a nossa vida. Que vida é esta? É a do golo do Benfica.

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TEXTOS QUE ME ENTRISTECEM

CURTA METRAGEM - TRAILER

Aqui fica o Trailer da próxima Curta-metragem. A estreia está para breve e somente condicionada por verbas em falta de patrocinadores. Esperemos que honrem os seus compromissos e que possamos finalizar esta Curta Metragem. Espero que gostem. http://seguesoma.blogspot.com/

Não tem outro nome, é: FUTEBOL!

Sei que é um tema que não interessa a muita gente, mas tenho que confessar: Sou um amante do futebol. E ser um amante do futebol não é só ver 22 malucos atrás de uma bola. Há muitas coisas, para além desta adjectivação, que me fascinam neste grande modalidade. Como por exemplo: - As altas pressões que aqueles atletas, com pouca experiência de vida, são sujeitos. Com estádios cheios e almas carentes de descarregar as suas energias negativas; - O estudo exaustivo e obrigatório da equipa adversária e a consequente estratégia de “batalha” que implementam para ganhar a “guerra”; - A capacidade de liderança dos treinadores que são obrigados a se desmultiplicarem, cada vez mais, para serem competentes: Líderes, amigos, conselheiros, gestores de uma imensidão de recursos humanos, estrategas, comunicadores, etc etc - A dança maravilhosa e hipnotizadora de cada equipa, para quem tem o privilégio de ver um jogo no estádio; - A euforia do golo; - A paixão, inquestionável, de um adepto; - As confer

VAMOS ABATER PESSOAS?

Q uase 12 mil cães e gatos foram abatidos durante o ano de 2017. Acho interessante esta medida de forma a controlar estes animais vadios ou, e sendo mais justo para com eles, que foram abandonados. Tenho pena que esta medida não possa transitar para outros patamares. Todos sabemos que existem umas quantas pessoas que mereciam falecer, e esperar que lhes aconteça algum acidente ou que apanhem uma doença fulminante não é de todo motivador para todos nós. Por isso termos a hipótese de por fim à vida a quem nos incomoda parece-me genial. Poderíamos começar pelas, e dando a primazia a quem foi o rastilho e principiou este projecto, criaturas que se fartaram de ter os seus animais de estimação e resolveram esta equação de uma forma muito simples: pô-los fora de casa para que aprendessem como a vida é complicada quando temos alguém com consciência e que tem a bondade de nos ensinar que afinal a vida não é só comer, dormir e passear. Estes seriam, e com todo o mérito, os primeiros da lista.