"Há sombras tenebrosas na terra, mas as suas luzes são mais fortes por contraste."
Começo com esta frase inspiradora, porque parece que é comum entre os supostos optimistas como que a mostrarem ao mundo que não temem nada nem ninguém, para mostrar que na minha algibeira também tenho uns trunfos para quando o medo chegar. E ele chegou. Agora não é tempo de o enfrentar, mas sim de ter algum respeito por ele.
«Fechem tudo!» dizem uns. «É preciso ter bom-senso» contrapõem outros. Eu, sinceramente não faço a mínima ideia. Não estudei para isso e a escolaridade que eu tenho não me permitiu ir mais além do que a construção civil. Se me quiserem perguntar se numa parede dupla de alvenaria a parede mais espessa deve ficar no exterior ou interior, ainda sou capaz de ter bons argumentos quer para uma situação, quer para outra. Em relação ao Covid-19, não faço a mínima ideia. Por algum motivo a partir do 10º ano de escolaridade os alunos têm que escolher uma área que se identifiquem e que sejam relativamente capazes de se formarem. Depois a partir daí uma pequena percentagem passa anos a fio a estudar medicina, ciência, química e o diabo a quatro. Se calhar, por isso, seria bom dar crédito a esta gente.
Com alguma tristeza tenho perdido amigos mesmo sem eles o saberem. Não consigo conceber uma amizade quando alguém bate no peito e diz que nunca apanha uma gripe no inverno. Assim como não consigo partilhar uma mesa, seja ela qual for, com um sujeito que com um ar feliz nos afirma que tem 35 anos e por isso não está no escalão de risco. Todos imaginamos que vai piorar bastante antes de melhorar. Todos acreditamos que sairemos desta crise com a noção de que uma simples ida à rua vale mais do que alguma vez imaginámos. Olharemos certamente para uma nação de rastos, mais pobre, mas com a sua essência mais apurada e solidificada do que nunca. Protejam-se e boa sorte a todos.
«Fechem tudo!» dizem uns. «É preciso ter bom-senso» contrapõem outros. Eu, sinceramente não faço a mínima ideia. Não estudei para isso e a escolaridade que eu tenho não me permitiu ir mais além do que a construção civil. Se me quiserem perguntar se numa parede dupla de alvenaria a parede mais espessa deve ficar no exterior ou interior, ainda sou capaz de ter bons argumentos quer para uma situação, quer para outra. Em relação ao Covid-19, não faço a mínima ideia. Por algum motivo a partir do 10º ano de escolaridade os alunos têm que escolher uma área que se identifiquem e que sejam relativamente capazes de se formarem. Depois a partir daí uma pequena percentagem passa anos a fio a estudar medicina, ciência, química e o diabo a quatro. Se calhar, por isso, seria bom dar crédito a esta gente.
Com alguma tristeza tenho perdido amigos mesmo sem eles o saberem. Não consigo conceber uma amizade quando alguém bate no peito e diz que nunca apanha uma gripe no inverno. Assim como não consigo partilhar uma mesa, seja ela qual for, com um sujeito que com um ar feliz nos afirma que tem 35 anos e por isso não está no escalão de risco. Todos imaginamos que vai piorar bastante antes de melhorar. Todos acreditamos que sairemos desta crise com a noção de que uma simples ida à rua vale mais do que alguma vez imaginámos. Olharemos certamente para uma nação de rastos, mais pobre, mas com a sua essência mais apurada e solidificada do que nunca. Protejam-se e boa sorte a todos.
Comentários
Enviar um comentário