CHUVA LENTA

José Eduardo Simões, presidente da Académica, foi condenado a 6 anos e meio de prisão efetiva. Não é com pulseirinha, parece que o homem vai mesmo lá para dentro. Não se percebe. Não me cabe a mim julgar, mas no nosso País não é justo que isto aconteça. Parece que houve abuso de poder enquanto este senhor era diretor municipal da Administração do Território (DMAT) na Câmara de Coimbra - Favoreceu empreiteiros! Só falta qualquer dia prenderem Presidentes de Câmara por lamberem gelados! Não é justo, continuará a não ser justo enquanto o nosso pequeno barco tiver remadores só com um braço. Enquanto houver, pelo menos um membro, ninguém tem o direito de os fazer parar. Ainda para mais agora que precisamos de todos, perdoem-me os labregos, mas também precisamos de vocês para empurrar o nosso pequeno rectângulo - De preferência para fora da Europa, porque me parece que será o melhor caminho!

O passado muda visto com o olhar do presente -  A casa dos meus pais já não tem a mesma vista. Já não vejo o parque infantil que agora é parque mas de estacionamento. Os amigos de infância já não brincam naquelas ruas de terra batida onde duas pedras faziam uma baliza e o árbitro eram 10 crianças a discutir. Não vejo a minha vizinha da frente que tinha registros de precisamente tudo o que se passava – Foi aquele ali o filho da Laurinda. Até o Tio Manel que brincava, à rabia, cada vez que estava bêbado, desapareceu. Tudo muda, até o Sol me parece mais pálido. Onde andam as coisas que me pareciam banais? Porra, nasci com a infância a meus pés e agora nem com as mãos a encontro. Os olhos do presente não veem o mesmo. Os meus queridos Pais ainda ali estão, com saudades de gritarem o meu nome da janela. Até eles têm saudades da minha infância. Onde andam os anos que pareciam não passar ?

Explicar a um peru que o Natal é uma coisa porreira deve ser complicado. Assim como deverá ser complicado percebermos porque raio continuam os nossos políticos a acumular salários e reformas sem que ninguém faça alguma coisa. Somos todos contra a austeridade e achamos estranho que os bancos se vejam à rasca depois de terem vendido facilitismos a crédito. Contrapondo, achamos fascinante o Presidente do Estados Unidos ter que reunir as hostes Europeias para os fazer entender que : Se querem continuar a encher os bolsos convém, para além de chicotadas em cima dos “animais”, de vez em quando amaciar o lombo do bicho – Incentivar a economia, é o que eles lhe chamam. A América, mais cedo ou mais tarde, necessitará de por em movimento o armamento bélico e, por isso, qualquer dia teremos pelo mundo um País que ajudará a sobrevivência desta economia, mas principalmente ameaçará  perigosamente a sobrevivência humana - Estamos sempre defendidos! Em Portugal e sem utopias será necessário v

Eu tenho um problema de armazenamento cerebral. Uma espécie de uma dispensa minúscula que é a responsável por guardar as memórias. Sou terrível para fixar nomes, caminhos, datas, colegas de escola … Há uns tempos tive um episódio complicado para resolver num centro comercial:  - Olha quem é ele… estás bom pá, há quanto tempo não te via! – Diz-me alguém com uma cara que não me era estranha.  - Oooohh pá, está tudo bem comigo, e contigo rapaz? – pergunto eu na esperança que a conversa não se desenvolva muito.  - Também está tudo bem… olha sabes quem é que emigrou também para Angola ? O Afonso pá… aquele que andava sempre comigo! – Grande pista me deu este rapaz que eu não faço a mínima ideia de quem seja!  - A sério ! O Afonso emigrou para Angola… quem diria que ele viria a emigrar ! – Tento a sorte não fazendo mais qualquer tipo de pergunta.  - Toma o numero dele… aponta aí …923.518.325 (claro que não fixei este numero, inventei-o agora), liga-lhe pá ele vai gostar de te v

Foram muitas as luas que já passaram por mim. E não vou-me armar em poeta, porque eu também já passei por muitas luas. Não pense ela que sou inferior, sou mais pequeno, mas sinto a terra com os meus pés e não preciso de olhar de longe e ter uma perspetival global para saber a porcaria que por aqui anda. Falando em porcaria, e porque já ia lançado e daqui a bocado estava-me a comparar com o sol (ao ponto que o ego pode chegar), alguém me pode explicar porque é que Portugal é único País da Europa com, somente, 4 canais gratuitos? Ninguém tem menos de 20! Será mais uma de algibeira cheia de €uros à conta do estupido que é obrigado a fazer contratos anuais com a PT ! Não chegará já a pouca vergonha dos exemplos da justiça que o máximo que faz, aos grandes corruptos, é por uma pulseira electrónica? Posso também ter acesso a uns milhões do povo? Prometo que uso a pulseira até ao fim dos meus dias!

Quando se gosta, gosta-se mesmo. Nota-se ao longe e de perto ofusca. Não vamos falar de mim, mas vocês gostam pouco. Cada vez menos e isso chateia. Chega mesmo a enervar o pouco interesse que têm. E é isso que vos contrai, que vos afasta, que vos mete deprimidos. O pouco gosto que têm. Não vamos falar de mim, mas tu gostas pouco. Muito pouco. Tão pouco que chateia.

Nevoeiro que se adensa, E eu estou no fundo do mar, Não imploro por guelras, Para poder respirar. Continuo no fundo, Mesmo que corra o mundo, Mesmo que toque e apalpe Que sinta e eufórico grite Estarei sempre no fundo, No tal fundo do mar. Não corro nem salto, Quando tenho que andar, Não fujo nem me escondo, Quando me queres abraçar, Mas estarei sempre no fundo, No tal fundo do mar, Onde os teus braços, Nunca poderão chegar.

Quando era mais novo, e não quando era miúdo porque dizer isto assusta-me, andava razoavelmente bem de bicicleta.  Fazia cavalinhos, levantava as duas rodas, travava com o travão da frente e fazia longos, ou alguns vá,  metros a fazer o pino… os anos passam e quando vejo uma BMX sinto saudades de andar novamente. Foi o que aconteceu ontem, vi uma e pedi para dar uma volta… não demorou dois minutos para me espetar sozinho e esfarrapar-me todo. Não sei se esta história servirá para vos alertar para qualquer coisa, mas a mim serviu para me alertar que efetivamente, e por muito que me custe, a estupidez humana abunda em mim! Era só isto, nada mais tenho para dizer nesta sexta-feira que promete a muitos um fim-de-semana com menos trabalho! PS: Já me esquecia de dizer uma coisa importante… a todos aqueles que vão ver o concerto de Ornatos Violeta e que já têm o bilhete na mão e fizeram questão de me ligar, desejo-vos uma espécie de formigueiro no rabo com trinta pinheiros à volta! 

O Alberto, o Einstein, já dizia que “ a vida é como andar de bicicleta, para se ter equilíbrio é preciso estar em movimento” Nada como um hobbie apaixonante para equilibrar um trabalho de tédio, ou um trabalho aliciante para fazer esquecer uma casa sem vida… Tanta mensagem que mandamos ao universo que ele, normalmente, trata-nos da saúde. O queixume é tramado e eu, neste aspeto, sou um mau exemplo. Não fiquei sem nenhuma perna nem imagino como seria passar a vida ao pé-coxinho, com todo o respeito pelos pernetas, mas na vida os que se crucificam mais, normalmente, são aqueles que quase nada lhes falta. E a todos nos sobra demasiado, tanto que não damos conta ao ambicionarmos o que não deveríamos ter. Mas frases destas já qualquer analfabeto ouviu alguém ler, porque as letras para eles não se juntam, e não quero de maneira nenhuma que aos poucos, e serão sempre muitos por poucos que sejam, os que me apreciam me deixem escrever em vão… para ninguém.

A evolução dos tempos tem coisas magnificas e uma delas, sem duvida, é os emigrantes terem o privilégio, nestes tempos modernos, de poderem assistir aos nossos canais internacionais. Ontem foi um grande exemplo disso, quando na TVI internacional me aparece a Fátima Lopes a dançar uma musica da Rosinha intitulada de “eu levo no pacote”. Com trocadilhos a fazerem lembrar o Quim Barreiros mas, atrevo-me a dizer, com uma genialidade muito superior. De seguida passo para a RTP internacional na esperança que a qualidade baixe um pouco, porque ninguém aguenta a perfeição durante muito tempo, e tenho o Baião a morder um osso e a mijar para uma cadeira imitando um cão. A galhofa era total, o público ria agarrado à barriga … mas o espetáculo estava longe do seu auge e de seguida, em palco, surge esse grande Guru da música pimba, Toy, a desbravar poesia como quem rega um canteiro. Respirei fundo agarrado ao coração, não fosse ele não aguentar mais, e ganhei coragem para seguir em fr

Pode servir para galhofa e tem sido tema de conversa o desconto feito pelo Pingo Doce. - 50 % de desconto para compras acima de 100 € Convenhamos que é muita fruta e será mais que normal que famílias em apuros aproveitem para reduzir as suas despesas mensais. O que eu não acho normal é que a estupidez venha ao de cima a dizer “ eu não estive nesta parvoíce !” Existem mais que motivos para aproveitar estes descontos e quem não o fez, foi porque: Não tem a corda no pescoço ou então o orgulho abafou completamente a necessidade. Ficaram com ele mas parece que na dispensa lá de casa lhes falta qualquer coisa. Compreendo perfeitamente o orgulho, mas é de louvar quem o mete de lado para poder dar algo mais à sua família. Mas o que eu acho ainda mais extraordinário é agora virem os peritos investigar a legalidade destes descontos. O pior é que estes gajos ganham para fazerem isto… como se não houvesse nada mais importante para investigar. Realmente somos os maiores!

Quando vejo muita malta com o copo na mão e abraçados desconfio sempre da entreajuda se alguém partir uma perna. Falando em quebrar qualquer coisa, hoje é dia do trabalhador e eu e os colegas desta luta viemos mostrar isso mesmo. Trabalhamos com um animo e uma produtividade que assusta a quem passa por perto. E é a isto que eu chamo de pura inteligência motivacional. A redoma que montam à volta do “faz de conta” continua a assustar-me e é cada vez mais assombroso ver a engenhoca facial de quem tem que ser líder nestas horas. Mas ao mundo vem quem tem que aprender ainda qualquer coisa, quem tem que fazer mais umas caminhadas e é para isso que cá estamos. Claro que aparecerá sempre alguém a dizer que devemos dar-nos por contentes por termos trabalho e eu estou plenamente de acordo. Não vejo é o dia ser parecido com a noite, principalmente quando, no breu me falta a luz da lanterna. Adoramos todos o fado e é difícil encontrar alguém com um cd no carro para que o possa apreci