CHUVA LENTA

Acordei pela manhã, como faço todos os dias, e reparo que para além do Yannick ter assinado pelo Benfica, que tenho saudades de a minha mãe me chamar para a mesa. Bons tempos em que o amor de mãe também era servido num simples prato maravilhoso de comida. Hoje é servido de outras formas, bem mais penosas e com distâncias diabólicas, forçadas por mais um recorde de desemprego. O fundo faz parecer que não é bem ali… ainda temos que cavar mais um bocado. E é engraçado porque eu pensava que um Iphone, ligado à internet, poderia resolver a maior parte dos nossos problemas. Mas parece que não. O Facebook sim, continua a resolver muitos dos meus enigmas e a descobrir carrancudos que eu nunca imaginaria que tivessem tamanho sorriso. Não me estou a “chorar” até porque estou em África, como grande parte dos Portugueses, e já vos contei uma centena de vezes que deixei, ou fui obrigado, de me interessar pelo sentido das coisas. Eu acho que a maioria delas não têm sentido, nem terão que ter mais do

O nosso líder pede aos Portugueses boas ideias ! Não sei se está na galhofa - naquela de quem pede ao coxo para fazer um sprint, ou ao anão para ir mudar a lâmpada - mas tenho para mim, e tentando dar o contributo de um rastejante, que para se comer as melhores folhas de uma árvore o melhor mesmo, seria, falarem com a girafa! A uma segunda-feira e com a sensação de que o trabalho é cada vez mais uma força de expressão e a responsabilidade de quem o executa uma força sempre em ebulição, parece-me que uma grande ideia seria, sem qualquer tipo de duvida, deixarmo-nos de ideias !

Sempre adorei frases enigmáticas com o sentido de mudarem a nossa maneira de ver o mundo. Mas elas não existem, as frases, que mudem alguma coisa! São precisos textos a fio, porrada sem fim, desgostos atrás de desgostos, erros consecutivos, baldes de água fria, catástrofes pessoais… para finalmente percebermos que até estávamos bem. Que afinal éramos felizes. Não aprendemos. O inconformismo é mesmo nosso e pertence-nos. Está embrenhado e nunca nos deixará. Mas podemos, na mesma, continuar aos safanões. Talvez ele, pelo menos, fique zonzo e nos folgue as entranhas - Mas é preciso perceber isso, que ele, no máximo, só fica zonzo. Em jeito de “Déjà vu”, façam-me o favor de levantar os braços… toda a gente, vá lá, não é por muito tempo… e repitam comigo “Dou graças ao que tenho e às coisas simples da vida e por isso sou feliz” Mudou alguma coisa ? Ajudei alguém? Claro que não…

Todos sabemos que temos que andar com as calças folgadinhas caso seja preciso arregaçar à pressa. Ninguém tem dúvidas disso. O último programa “Prós e Contras” gravado em Angola foi um exemplo, diria escandaloso, disso mesmo. Foi degradante para a história da nossa nação as figuras que tivemos que fazer. Pelo menos eu, ainda tenho orgulho de dizer que sou Português e não queria de maneira nenhuma deixar de o ter. O jornalista Rosa Mendes que tentou mostrar a vergonha de uma nação, tornou o caso mais vergonhoso ainda por ESTE motivo! Mas nada como histórias pessoais, também elas vergonhosas, para apaziguar a alma dos inconformados - Já me tinha acontecido, tentar salvar alguém de morrer afogado. A primeira vez e única, até este fim-de-semana que passou, foi no Gerês quando a dois metros da margem do rio o meu amigo de alcunha “Salmão”(de certeza que não foi pelos dotes de nadador que lhe puseram a alcunha, porque estes meninos nadam contra a corrente como ninguém) começa a esbracejar

Continuamos em grande. O nosso Presidente, provavelmente, pensa que continua a falar com um povo que na sua maioria é analfabeto. Mas não, esta juventude, dita “geração à rasca” na sua maioria até é licenciada, domina as novas tecnologias, é informada e não se convence que a baba de caracol faça milagres.

Vamos fazer amigos com os animais ? É o futuro. Esse é o caminho. Comprem ou adotem um cachorro, um cágado, um piriquito ou até mesmo um gato e desfrutem da beldade do instinto animal. Da sua inocência por não saber que tudo tem um fim. Mas será que tem? Confesso que fico confuso, todo o universo, para além de imenso, surpreendente e inexplicável, gerou um planeta, pequenino, ínfimo até, para ali e só ali - pelo menos que se saiba - colocar uma espécie que também ela é muito pequenina, mas com uma imensidão de dúvidas e amarguras. Um turbilhão em cada um que nos faz parecer que o universo, para além da estupidez humana, não é a única coisa infinita. Muitas teorias e crenças se “desenvolveram” com os milhares de anos da nossa existência, com guerras e muitas mortes à mistura, tentando cada uma delas ser a “verdadeira” a “única” explicação para o inexplicável – A Fé! A Fé não se explica, sente-se. E é isso que me aconchega nos momentos de angústias e amargura. A fé que eu tenho não tem

Confesso, que se pudesse, às vezes esmagava alguns cérebros contra uma parede. Uma qualquer, não precisava de ser de betão armado. É crónico, digo isto com toda a sinceridade, as pessoas serem prestáveis. Não são e estão-se borrifando, ou a cagar para ser mais preciso, se precisamos ou não de ajuda. Se é ou não urgente. Interfere com o umbigo delas ? Não ? Então não é nada que seja importante. É fenomenal. Fora isto, não há assim nada que me atormente as entranhas.

Acordei com aquela vontade de leão para enfrentar mais um dia de trabalho quando me apercebo que hoje é sexta-feira 13! Já tinha posto os pés fora da cama e, ainda por cima, o primeiro foi o esquerdo. Foi o esquerdo porque eu durmo do lado direito da cama e quando me levanto o normal é por primeiro o esquerdo. Se calhar é por isto que a vida me tem obrigado a façanhas estranhas. Espero, naturalmente, que tenham um belíssimo fim-de-semana regado com o que bem entenderem e na companhia de quem quiserem. Não sejam utópicos ao desejar a minha companhia - é porque eu estou longe, só por isso. Queria, aqui, acabar este texto, mas não posso. Não posso porque me lembrei que se calhar era importante vos dizer que por aqui estão 29º à sombra. Nem tudo podia ser mau. E prova disso mesmo, hoje chegou a minha alegria, cara metade, alma gémea, o quiserem chamar, a esta terra que viu nascer um novo “eu”. E para embalar, termino com uma bela frase que li no Facebook “Um bem-haja ao oxigénio que nos p

Finalmente o meu grande amigo Gonçalo já é Pai. Foi antes de ontem que nasceu a Leonor com 3430 gramas, é preciso que fique bem claro, e não com 3420 ou 3440 gramas. E claro que estou contente por ele e pela Rita, que é quem o atura, e digo por experiência própria que não é fácil. Para além de ser um belíssimo amigo de infância, tem sérios problemas psicológicos. Bem o tentámos avisar e aconselhar quando ele decidiu se increver para a PSP. Dissemos “ Gonçalo, quem não estuda é quem vai para a policia, e tu até tens o 12º ano, mete-te antes numa farmácia rapaz” Mas não, a convicção era profunda e assim se tornou num Policia, sem bigode verdade seja dita, mas já com índices “estomagais” muito aproximados para a profissão. E pronto, não vos maço mais, que o texto anterior fez essa tarefa na perfeição, e desejo-vos uma óptima semana.

Quando eu vejo a meteorologia e me dizem que o vento é fraco do quadrante leste, confesso que fico sem perceber o que fazer. Ir à janela e sentir “a coisa” sempre me pareceu o mais acertado. Não há nada como sentir. Mas sentir medo é das coisas que mais preocupa, e senti-lo e alimentá-lo, pelo menos para mim, é um travão enorme na minha vida. Mas não estou aqui para falar dos meus medos, porque esses mais tarde ou mais cedo, vão ser esmagados e completamente atrocidados. Sou assim, implacável. Feita a preparação para um tema que deve induzir a maioria a clicar noutra página qualquer, acho inadmissível a notícia da fuga fiscal do Grupo da Jerónimo Martins. Sei que pode ser um bocado chato este assunto, mas eu consegui aguentar ver a entrevista com o presidente do grupo, Alexandre Soares dos Santos, na Sic Noticias e não poderia estar mais de acordo com o que ele disse. O problema está nas dezenas de Deputados que Portugal anda a sustentar há décadas. Tudo é feito às claras, todos se ape

Queria dar os parabéns a um grande amigo. Daqueles que posso dizer que é verdadeiramente meu amigo. Por tudo o que fez por mim principalmente desde que decidi imigrar. Foi a minha base de sustentação, foi o que me inseriu num País que é em tudo diferente ao que eu estava habituado. A adaptação previa-se difícil, penosa e não falhei. Foi efectivamente difícil mas consegui aqui ficar, consegui aqui criar raízes e condições para poder prolongar a minha estadia. Tudo isto em grande parte à custa da sua personalidade e dedicação. Em alguns momentos podia, facilmente, ter acabado com a minha fraca estrutura até à data conseguida, e assim não permitir que mais um estivesse feliz e no bom caminho. Mas não o fez porque é boa pessoa, e porque estava definitivamente para ajudar a quem chegava a este difícil País. Por tudo isto, nada mais justo do que lhe agradecer, mais uma vez, por tudo o que fez por mim e desejar-lhe, naturalmente, um dia feliz de aniversário. És grande.

Está genial a música de Sérgio Godinho, do seu último álbum “ mutuo consentimento”, que aproveito para por uma nota pessoal de EXCELENTE, onde os arranjos musicais têm a liderança do grande músico Nuno Rafael que em tudo o que toca vira ouro, exemplo disso mesmo foi o sucesso dos Humanos. A Sic Notícias, para compor o ramalhete, aproveitou da melhor maneira esta pérola acertando em cheio na edição de imagens, mostrando um Portugal despido de moralidade e organização. Somos peritos a fazer omoletes sem ovos, mas já cansa.

Antes de mais, e para não ser mal educado, queria desejar um bom ano a todos. Espero que tenham entrado com o melhor pé e não queria descriminar à partida o esquerdo, caso seja ele que vos favoreça o paço. Falando em “paço” e pondo-o no plural, continua em grande o nosso Primeiro-ministro, podendo até parecer irónico eu vir para aqui desejar qualquer coisa de bom para 2012. Mas os fatos com gravatas que nos andam a gerir e que após os jantares com charuto na mão, se transformam em seres angelicais que servem uma nação, acreditam que ainda é possível vislumbrar qualquer coisa de sustentável nos bolsos de quem já anda nu, quem sou eu, que de economia vejo-me à rasca para diferenciar o crédito do débito, para dizer o contrário. Já começo a meter nojo logo no primeiro texto do ano, e não era a minha intenção. A boa novidade que trago, sim porque elas ainda existem, é que vou dar mais de mim na próxima Curta-metragem publicada neste espaço. Não é bom quando se apercebe de que o fundo do poç