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Mensagens

A mostrar mensagens de agosto, 2013

É já hoje!

É verdade o que se diz por aí. Vou já hoje à noite de viagem para a nossa terra. Escusado será de dizer que bem mereço e já estava mais do que na hora de elas chegarem. Mais uma vez confirmo que é um privilégio ter-vos desse lado, embora silenciosos e com uma mente trocista eu gosto muito de vocês. Como sou uma pessoa persistente, vou voltar a escrever parvoíces e voltarei em meados de Setembro. Uma grande beijoca para todos sem excepção, não queremos cá maricas, e que não procurem que o mundo vos sorria… sorriam vocês para ele!

O caminho é a ignorância!

Na Síria milhares de crianças agonizam após armas químicas. No Brasil, empurram-se mais de 40 mil pessoas para fora de onde vivem, tudo em prol da industrialização. Em Portugal os grandes dramas passam pelas traições e vinganças no belo mundo dos Famosos e em Angola, cá ando eu com os meus problemas gravíssimos, como por exemplo se tenho bilhete ou não para ir de férias. Tudo depende da perspectiva, é verdade, há quem fique especado a olhar para uma árvore, outros há, que preferem ver toda a extensão da floresta. Eu sou dos obcecados pela árvore, ainda não subo ao cume do monte para apreciar a floresta, porque dá muito mais trabalho e uma enorme chatice. O exemplo mais flagrante, e concreto, é enxurrada de União Europeia e da dita crise. Se fosse há uns anos atrás, em que só existia a RTP e os telefones eram fixos, no topo das preocupações estaria se os nossos Pais já nos tinham, ou não, chamado para ir para casa. Mas o desenvolvimento tem destas coisas. Também, é verdade, não me ap

É a dança do Empregado!

Ando cansado desta dança entre subordinados e chefias. É uma dança desgastante e que por mais que o tempo passe, parece que nunca lhe ganho o jeito. Gingo sempre para o lado errado, enquando vejo os outros em sincronias perfeitas num ritmo meio latino e desconcertante. Para a dança é preciso ter jeito, mas, como para tudo, é preciso muito trabalho. Não é fácil que a dança deslize como se fosse casual, natural e sem quebras. Existe muito jogo de cintura, muitos sorrisos abertos e muita sabujice pelo meio. É verdade que é uma dança condescendente - entram coxos, marrecos, fanhosos, espertos, burros – todos são poucos para alimentar a sua chama. Eu porém estou lá no meio, como todos vocês, a dançar, a bailar, a girar, e ainda por cima com um sorriso nos lábios. Qualquer dança exige isso, uma satisfação levada a extremos. “Gira cabrão, gira e sorri porque estás empregado!” oiço alguém a dizer-me… alguém que teima em chagar-me a cabeça. O tal alguém que se diz gente. E na verdade, é

Coxos, Galdérias e Gagos

O gajo já andava a coxear há uns dias. Não liguei, podia-se ter aleijado em qualquer sítio. Podia estar a precisar que reparassem nele, ou então outra coisa qualquer que não tive tempo nem paciência para ponderar. Mas ele continuou, a coxear. Confesso que Já começava a achar estranho, mas entre o bom-dia e a boa-tarde a minha curiosidade não era suficiente para perder uns minutos na berma da estrada a ouvir a sua história. Fui deixando passar. Assim como deixo tanta coisa que não é problema meu. Fui deixando que acabei por deixar tempo de mais. Já nem me lembrava dele de outra maneira. Que importância teria para mim saber da história, ou que importância tinha para ele que eu a soubesse? Falo-vos do coxo como poderia falar de uma galdéria qualquer. Desta vez calhou a ele, amanhã se calhar sou eu que começo a gaguejar.

Boca fechada

O segredo será sempre de quem o conseguir guardar. Os meios de comunicação são muitos e variados e arrombam qualquer cofre que guarde alguma coisa, ao ponto de que só as verdades não chegam para os alimentar. É preciso inventar, é preciso destruir a vida de alguém. Sejam amigos ou conhecidos, nada é tido em conta. Para sabermos como se escapa uma informação, nada melhor do que contar diferentes mentiras a diferentes pessoas. A que te vier aos ouvidos terá a sua fonte identificada. E isto é importante. É importante chegarmos depois ao pé dessa pessoa e espetar-lhe o dedo no peito. É importante ele saber que não pode contar o que lhe foi pedido para guardar. Quando andávamos nas cavernas, a grunhir e com paus na mão, podíamos comer com os pés ou até mesmo fazer filhos com a nossa irmã … mas convém começarmos a assumir responsabilidades. Não matamos nem crucificamos quem teve a culpa, mas tem que haver responsáveis. Era só isto…

Trambiquices!

É fim do mês e está mais que na hora de receber os ordenados. Por aqui, na cidade mais cara do mundo, a maioria recebe muito pouco. Enquanto os ditos que ditam, as regras, passeiam com tantos milhões que até transbordam dos bolsos. O dinheiro, para a maioria, é distribuído na confusão de um turbilhão de mãos estendidas, ansiosas, para receber o dinheiro. Já antigamente me diziam que “na confusão aproveita sempre o esperto ou o ladrão” e na verdade, no fim das contas, falta um ordenado. O esquema e o proveito de um, ou a trambiquice, como aqui se diz, é o desespero do outro. Quem do pouco tem que alimentar uma ninhada de 7 ou 8 filhos, e mais aqueles que gostam de estar com o cu sentado, torna-se agoniante ao ponto de se fazer ouvir um choro estridente. O esperto sai contente e o burro a chorar. Entre os espertos e os burros sempre acreditei que a tartaruga é quem se escapa. Passa de fininho. Mas espero sempre que o esperto se queime.

Até já

Tudo passa. Tudo muda. Basta que para isso tenhamos paciência e aproveitemos o que nos é dado. São teorias que eu cada vez mais me tento agarrar, não vá bater com a cabeça com tanta espera. Mas este texto é dedicado à minha amiga Carminho que acabou de fechar o seu ciclo por estas bandas e posso confirmar que muita falta me vai fazer. Por vários motivos, mas o principal é porque gosto muito dela. Gosto mesmo. É professora de Português, mãe de uma filha linda, mulher de um rapaz que por acaso é meu colega e é de uma terra, a Madeira, que agora me deixa entre a espada e a parede – Terei que ir lá. Desejo o melhor para todos vocês e claro que vou sentir saudades. Muitas. Mas essas serão, certamente, um dia compensadas com a minha visita por essa maravilhosa ilha. Um beijo enorme e até já.

Santa Luzia que o gato já mia.

No outro dia alguém me perguntava alguma coisa, ao qual eu respondia coisa nenhuma, quando o meu sobrinho ao olhar para a televisão me dizia “ que mamas tão grandes, parecem umas montanhas… devem ter muito leite” Ora bem, este rapazola tem 5 anos e gosta de mandar pedras aos amigos. Não é propriamente alguém com qualquer tipo de necessidade… como lhe chamarei, fisiológica! Achei estranho a apreciação, que a mim, fazia todo o sentido, mas na dúvida perguntei-lhe: - Ó rapaz, tu ainda andas de bicicleta com as rodinhas atrás, não andas? Ao qual ele de peito feito me disse – Já tirei as rodas duas vezes Tio, já consigo andar sem elas! Isto levou-me a acreditar, mais uma vez, nos meus Pais quando insistiam em dizer-me que o tempo passa rápido. E passa. O magano assopra pelo meio dos dedos que nem damos conta dele. Este pirralho, o meu sobrinho, há poucos dias mamava literalmente nas mamas da mãe. Sem nenhum desrespeito, atenção. E agora encara-me de igual para igual, sem medos… Por

O vosso mês de Agosto

Chegou o mês de Agosto. Chamado o mês dos emigrantes e é bem verdade. Por estas bandas já se sente o vazio do chamado “Pula”. Existem os negros, ou pretos, e os brancos que aqui são chamados de “pulas”, mas ao que parece sem nenhum teor racista. Mas a debandada e a alegria de voltar é bem visível, contam-se os dias, as horas e os minutos quando estamos perto de subir as escadas do avião. Diria que é uma sensação única. Não há nada como voltar à nossa terra, às nossas gentes, aos nossos costumes. A alegria de viajar chega ao ponto de dispararmos chamadas a todos os que cá ficam. E que bem que me sabe receber essas chamadas.   Normalmente vêm carregadas de boas energias, de felicidade pura e despida de qualquer ego. Ser feliz é isto mesmo, aproveitar as brisas de pura alegria que a vida nos dá. Saber que nesse momento somos verdadeiramente felizes. Nos outros momentos resta-nos saber que nada dura para sempre. Hoje foi o Vitinha, há dias foi o Paulinho. A Carmo e a Vera, que são professo