Por vezes os sentimentos menos bons e negativos, como a tristeza ou a raiva, podem ser inspiradores e engrenagens para um patamar superior. Normalmente é na fossa, e no meio do esterco, que o mundo nos obriga a sermos criativos. Não é o meu caso até porque nestes momentos a minha personalidade encarcera por completo qualquer capacidade que eu, supostamente, possa ter de criação. Mas voltando à vaca fria, uma das situações que sempre me irritou e me tirava do sério era a gaita do amolador. Esta gaita tinha o efeito de me enervar e quase sempre me obrigava a parar o que eu estava a fazer para ir à janela e, para além de desejar a morte instantânea ao tipo, constatar quase sempre o mesmo: Ninguém afiava o que quer que fosse naquele homem, que ia com uma espécie de roda de bicicleta enquanto assoprava uma gaita que reproduzia uma repugnante melodia que me entrava pelos ouvidos como um trovão. O tempo veio dar-me razão e esta raça foi extinta. Aquela sonoridade era para mim risível e seme
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