Passavam poucos minutos das cinco da manhã quando acordo com um tilintar que vinha da cozinha. Sou mãe solteira e moro num sítio seguríssimo. Mas, mesmo assim, nunca acredito na cabeça dos outros e levanto-me sobressaltada e com passos ligeiros vou ver o que se passa. Pego num pau que tenho encostado junto à cabeceira que serve somente para não deixar a porta do roupeiro se abrir a meio da noite. A mola está partida há anos. E neste caso, o pau, serviria para eu me sentir mais segura, somente isso. Abro a porta do meu quarto devagarinho e constato que está realmente alguém na cozinha. O meu filho disse que iria passar um fim-de-semana com a namorada e essa constatação fez com que o meu coração disparasse a mil. Toda eu tremia! Sem que eu pudesse controlar paralisei, sem conseguir dar mais nenhum passo, quando o tilintar que me tinha acordado passou a um chavascal de panelas, pratos, talheres e gavetas a fecharem-se com um estrondo tremendo. Quem ali estava não tinha medo de fazer baru
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