Para se conseguir morrer acreditem que não precisamos de ter experiência nenhuma. Diria que não necessitamos de praticar nada durante a vida. Ao contrário de muitas outras actividades que necessitam de prática e experiência para que as consigamos alcançar, a morte dá-nos essa benesse. Alcançar a morte é facílimo e qualquer leigo está apto para o conseguir. Não há truques ou dicas. A morte chega e não temos sequer o direito de a não aceitar - morre-se e pronto. Morrer poderia ser bom para os que acreditam que “vamos desta para melhor”. Para os que não sentem esse chamamento a conclusão é, mais ou menos, idêntica - com a pequena diferença que durante o percurso, para além de ser um pouco mais penoso, temos esse bichinho atrás da orelha a sussusar “qual é o sentido de tudo isto?” Sentidos poderemos arranjar muitos, mas dificilmente se arranja um argumento que nos convença e que nos diga: Sim senhor, foste um homem bondoso, honesto e até mesmo impecável durante a vida mas agora vais ter que falecer. Fizeste tudo maravilhosamente bem mas chegou a tua hora. A morte chega para todos nós, não sei se estão a par disto, mas todos os imbecis não vivem para sempre o que também, confessemos, nos dá um alento em relação à crueldade do mundo. Em jeito de conclusão, e porque tudo tem um fim, o que vos posso desejar é que a vossa morte não seja penosa e que venha com algum glamour – que não seja nada de dramático, como um atropelamento ou qualquer coisa do género. No fundo o que eu quero é que a morte seja generosa e bondosa para com todos .
Para se conseguir morrer acreditem que não precisamos de ter experiência nenhuma. Diria que não necessitamos de praticar nada durante a vida. Ao contrário de muitas outras actividades que necessitam de prática e experiência para que as consigamos alcançar, a morte dá-nos essa benesse. Alcançar a morte é facílimo e qualquer leigo está apto para o conseguir. Não há truques ou dicas. A morte chega e não temos sequer o direito de a não aceitar - morre-se e pronto. Morrer poderia ser bom para os que acreditam que “vamos desta para melhor”. Para os que não sentem esse chamamento a conclusão é, mais ou menos, idêntica - com a pequena diferença que durante o percurso, para além de ser um pouco mais penoso, temos esse bichinho atrás da orelha a sussusar “qual é o sentido de tudo isto?” Sentidos poderemos arranjar muitos, mas dificilmente se arranja um argumento que nos convença e que nos diga: Sim senhor, foste um homem bondoso, honesto e até mesmo impecável durante a vida mas agora vais ter que falecer. Fizeste tudo maravilhosamente bem mas chegou a tua hora. A morte chega para todos nós, não sei se estão a par disto, mas todos os imbecis não vivem para sempre o que também, confessemos, nos dá um alento em relação à crueldade do mundo. Em jeito de conclusão, e porque tudo tem um fim, o que vos posso desejar é que a vossa morte não seja penosa e que venha com algum glamour – que não seja nada de dramático, como um atropelamento ou qualquer coisa do género. No fundo o que eu quero é que a morte seja generosa e bondosa para com todos .